O verdadeiro.
Conheci esse cara depois de um amigo em comum nos apresentar e a priori eu achei ele um porre. Meu Deus, que menino chato. Passamos uma semana inteira nos encontrando naquele curso e depois de tanta pertubação e piadas sem graça, me rendi aquele menino bobo e tão encantador. Trocamos msn, telefone e mal sabia eu o que estava prestes a acontecer.
Ele era meu amigo, oras! Somente amigos. Passamos a nos encontrar todos os dias, cumplicidade, companheirismo, segredos e um algo a mais só nosso. Ninguém entendia, era uma coisa muito peculiar.
Esse cara me encantou nos detalhes, na simplicidade, no jeito bobo e principalmente, na forma como me olhava. Ele enxergava em mim algo que ninguém, até hoje, conseguiu ver. Quando estávamos juntos era até engraçado de ver, ele me olhando bobo e eu olhando boba para ele; e quando eu percebi, uma boba apaixonada.
Geminiano, sonhador, bruto, rústico e sistemático. Ele era amor e ódio, sorriso e cara fechada, ligações o tempo todo num dia e no outro, o silêncio na campainha do telefone. Era 8 ou 80, era um furacão de menino. O meu menino.
Era amor. Foi amor. Amor sincero, puro, ingenuo. Amor que pedia rede abraçada o dia inteiro. Amor que fazia pedidos a estrelas cadentes. Amor que fazia planos. Esse cara foi somente amor.
Com ele aprendi que devemos ser fiéis aquilo que amamos e jamais abrir mão por algo ou alguém. Ele me ensinou o que é ser um amigo de verdade, me ensinou a ver a beleza nas coisas simples, me ensinou que felicidade pode ser uma tarde inteira olhando para o céu.
Ele lapidou uma patricinha mimada e transformou em uma menina que contempla o simples. Esse cara me conhecia só de olhar ou ouvir a minha voz. Sintonia era pouco para o que tínhamos.
Se deu certo? Deu muito certo, mas acabou! Pelo menos eu acho que sim. Sem muita explicação. Foi lindo, foi verdadeiro.
A música dele? Sampa Crew - Mulher fatal
SALDO DO DIA: 10
Amor e mais nada.
A
Inspiração: Sobre os caras que tive (Dona Oncinha)