Indecifrável, do jeito que eu gosto.
É quebra cabeça. É frio na barriga. É jogo de sorte ou azar.
Fecho os olhos, sigo seu comando. Show particular.
O palco é seu e as minhas atenções também.
Todas as luzes para você que atrai. Magnetismo.
Exala desejo, proibição, submissão.
Não há quereres. Há vontade. De você.
Como um felino prestes a dar o bote, você, maldoso, analisa a presa.
Me ronda. Sinto seus olhos me queimarem. O sorriso é involuntário.
Homem de poder, sabe o que faz.
Você. Essa melanina. Eu já sei aonde vai dar.
Um beijo no meu pé, tornozelo, panturrilha. Explorador. Torturador.
Meu corpo implora.
A respiração fica descompassada.
Algo em mim pede para que não te olhe, eu teimo.
A boca seca implora você. 50 graus ou mais.
Você parece se divertir. Sua respiração me arrepia.
Perco o tino. Saio da órbita.
Os beijos agora estão no caminho inverso. Pescoço, colo, barriga, ventre, coxas.
Sua seleção de músicas. Tão suas. Instigantes.
As mãos são fortes, o toque também.
Você puxa meu cabelo e me beija com vontade.
Ataca. Me rendo. Imploro.
O jogo está ganho. A partida é sua.
Xeque mate. O rei venceu!
SALDO DO DIA: 10
Ah, melanina...!
A