sábado, 18 de julho de 2015

Perdoa amor.

Leia ouvindo: The Weeknd - The Hills (Alô, Dona Oncinha! Timitando! <3)

Quando me perguntam se me arrependo de algo em minha vida, aquela noite ganha medalha de ouro.

Todas as noites me pego pensando até onde teríamos ido se eu tivesse me comportado de outra forma e não agido como uma adolescente que segue dicas de comportamento. 

Fui menina, fui boba, fui tola.

Desperdicei a chance de conhecer o seu infinito particular, o que de fato havia por trás da sua mascara de inconquistável. Desperdicei a chance de ouvir seus batimentos, aconchegada em teu peito.

Tive todas as chances de te fazer meu e joguei ao vento.

Seu sorriso era meu, suas possibilidades também. Éramos eu, você e aquela noite fria de junho.

Você criou expectativas e eu criei os últimos tijolos que o mundo colocava entre nós. 

Tudo por um capricho de uma menina mimada que ainda tem muito o que aprender. É, você tem razão, ainda sou uma mocinha.

Me perdoa meu amor, hoje faria diferente. Me deixaria ser cuidada, deixaria o véu de lado, me entregaria sem pudor, sem amarras.

Você se abriu como águas cristalinas e eu segurei a pose da mulher inalcançável. Havia entrega sincera de um homem e estratégias tolas de uma menina.

Me arrependo daquela noite como um caminhoneiro que pega o rumo errado e não tem como voltar atrás. O caminho passa a ser mais longo e cansativo depois do equivoco. 

Eu cavei o seu silêncio, cavei sua distancia, cavei suas novas descobertas, seu novo desabrochar para amor. Eu cavei sua felicidade em outros braços.

Nunca me perdoarei por ter sido uma menina quando você procurava uma mulher.



SALDO DO DIA: -

A