terça-feira, 23 de setembro de 2014

Na (l/s)ua.

Eu não imagina que estava tão apaixonada por você até aquele dia...

Como de costume eu estava cuidando dos meus afazeres, intercalando entre uma ordem de missão e outra, idas nos meus blogs favoritos ou ajeitando a minha playlist. Um dia comum, uma tarde como outra qualquer.

Lá fora chovia, os corredores ficavam cada vez mais vazios e o silêncio pairava no departamento. Eu cheguei a olhar várias vezes para a janela, na esperança de que a chuva cessasse e eu não precisasse forçar as minhas vistas na pista molhada.

E aí, você chegou. Puxou a cadeira e sentou de frente para mim, olhando fixamente nos meus olhos, como sempre fazia.

Você falava sobre assuntos aleatórios, explicava teorias políticas, opinava sobre a vida e o cotidiano. Analisava o comportamento humano, tinha suas próprias conclusões sobre tudo. Falava, falava, falava. Você gesticulava e mostrava estar bem a vontade quando estava comigo, eu podia sentir isso.

E eu? Viajava por um mundo todinho meu. 

A priori observei que você estava com a sua gravata que era a minha favorita. Ela caia tão bem em você. Meus olhos observavam o jeito desgrenhado do seu cabelo e a forma como ele ficava a cada vez que você passava as mãos. Eu amava aquele cabelo.

Enquanto você falava, eu sorria. Não das suas piadas bobas, afinal eu estava mesmo imersa em você. Meu sorriso bobo era pelas suas sobrancelhas, que de tão grossas, estavam se unindo. Aquele jeito ogro que só você tinha.

Os olhos apertadinhos, as sardinhas espalhadas pelo seu rosto... 

Do jeito que seus lábios pronunciavam as palavras, pude reparar o quanto sua boca era bonita, feita num desenho perfeito. 

E aí você soltou aquela gargalhada alta, mostrou o sorriso mais lindo que já vi na minha vida, jogou a cabeça para trás e por um momento, desejei ter um gravador para ouvir aquele som todos os dias antes de dormir...

Você tagarelava sobre assuntos diversos e eu me perdia em você.

Me peguei apaixonada por você. E enquanto me questionava sobre tudo que tinha dito, eu só tinha vontade de te dizer o quanto você era bonito.


SALDO DO DIA: -50

A

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Seu superpoder...

Eu tenho certeza que você é dotado de superpoderes... Ah, você é.

Pode ser que você leia a minha mente e decifre os meus segredos. Pode ser que você exale um encanto poderoso. Pode ser que o seu poder esteja na sua forma de falar...

Tem um poder. Eu sei que tem.

A forma como sorri e joga a cabeça para trás, passa a mão na barba por fazer e suprime uma resposta as minhas milhares de perguntas. Esse deve ser o seu poder. 

O jeito misterioso, sedutor e diferente. O seu encanto é pior do que o da sereia. 

Talvez o seu poder seja teias invisíveis que me prendem a você. Ou até hipinose, que não me deixa enxergar nada além das covinhas do seu sorriso.

Pode ter algo adocicado, um veneno embriagador no seu beijo.

O seu poder deve estar nas mãos fortes que me seguram e que extraem as minhas forças, me impossibilitando de sair correndo.

A forma como me olha, essa sim tem um superpoder. Consigo enxergar as chamas e sentir meu corpo reagir aos seus olhares.

Você tem um poder, um dom, um que a mais. 

O seu poder pode estar ligado ao reagente que te faz ser o homem mais inebriante da face da terra.

Talvez você tenha um arco e flecha e com ele tenha atirado em mim, deixando seu veneno instalado em minhas veias e me fazendo perder o tino.

Eu te estudo, tento e me perco em meio as minhas teses e tentativas falhas de te desvendar.

Esse superpoder que ata as minhas mãos e me deixa perdida nesse misto de olhos, boca, sorriso, barba...

Ora super herói, ora o pior dos vilões.

O superpoder, ainda desconhecido, que desativou a minha kriptonita. Só você. E (inevitavelmente) por você.


SALDO DO DIA: 10

A

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Acabou? É isso?

E quando o amor acaba? Quando os beijos já não lhe causam calafrios? Quando o abraço é só mais um abraço?

Desesperador! No mínimo, estranho.

Chegar a essa conclusão dói e traz uma interrogação danada. Será? Certeza? Porque?

Nós somos como crianças mimadas e egoístas do início ao fim da vida, abrir mão e deixar ir aquilo que já foi nosso é doloroso. Por mais limpezas no guarda roupas, sempre tem aquela calça velha que ainda temos a esperança de entrar.

Estamos dispostos a doar uma coisa ou outra mas desapegar geral requer boas sessões de terapia.

Aceitar que não existe mais aquele sentimento é como tomar um soco no estomago. E agora? Faz como? Por onde caminhar?

Deixar ir, deixar alçar voo, deixar que seu beija flor beije outra flor...

Não precisa de conflitos ou tempestades, tampouco ter sido uma coisa ruim de viver, a vida é assim, quando acaba o amor, ele simplesmente acaba. E não há Jorge e Mateus que te faça reacender a chama.

E agora minha gente? Faz como? A sensação de ver o mundo te esperando de braços abertos para novas histórias serem escritas, dá uma estranheza danada.

Respire fundo, aceite que aquela calça não te serve mais e pode estar até fora de moda; embale e doe, deixe que o próximo dono saberá o que fazer.

Assim como no outono, coisas velhas caem para que coisas novas venham. E o amor é assim: Ele vem, faz história, deixa marcas e quando necessário, precisa ir.

"Foi eterno enquanto durou, foi sincero o nosso amor, mas chegou ao fim! Valeu, foi bom, adeus!" - Dá-lhe Chicletão!

Ademais, guarde o que restou naquela caixinha rosa que a gente abre quando quer rebobinar o filme.  


SALDO DO DIA: 10
Acontece.

A

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Tempo, tempo, tempo...

O que eu tenho a te dizer é: Corra contra o tempo.

A vida é muito curta!

Você já disse que ama as pessoas que estão ao seu lado hoje? Você já abraçou, beijou, cheirou seus familiares hoje? Se não, está esperando o que? O tempo passa.

Muitas coisas são fáceis de serem postas para fora, mas o sentimento de perda dói tanto que me faltam palavras. É tão difícil quando o coração fica sufocado e a boca seca, sobrando apenas as lágrimas que transbordam dos olhos.

A lição da vida é: Não deixe para amanhã o que você ainda pode fazer hoje. Não deixe de demonstrar seus sentimentos para aqueles que você ama, não deixe de agradecer a Deus todos os dias pela presença de pessoas que fazem bem para você, não deixe que o orgulho cale a sua voz e oprima seus sentimentos... Porque uma coisa é certa, quando você acordar, pode ser tarde demais.

Ser taxado de meloso, sensível, sentimental não é nada perto da dor da saudade, do medo de perder, do assombro do adeus.

Nesse mundo onde pessoas são tratadas como coisas, famílias desfeitas como objetos, fica aqui o meu apelo: Não deixem o amor morrer. Não deixem os laços serem desfeitos. Não deixem que a negatividade atinja o seu lar.

Vamos dar valor ao hoje. Dar valor a pequenas coisas que o dinheiro não compra, a momentos que serão eternizados, a situações que um dia deixarão saudades.

E hoje, com lágrimas nos olhos, eu rogo a Deus pela minha família. Obrigada Senhor pelos meus avós, pelos cafés com tapioca com a vó Lena, pelas coordenadas que eu nunca entendo do vô Beto, pelas compras no Tatico com a vó Bene. Obrigada pelos domingos, ora na 42, ora na 19. Obrigada pelo amor que transborda quando estamos unidos...

E a tia Teca e ao tia Laércio, cuidem de nós ai de cima, a dor é imensa. 

E a vocês, eu digo: Amem. Demonstrem. Gritem, se preciso. Mas não deixem para a ultima hora. O tempo passa, as oportunidades também.

A

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Por você...

Por você... Ah, por você eu faria coisas inimagináveis!

Para começar, por você eu me comprometeria a ser saudável, daquelas mulheres fitness, correria, aprenderia a nadar, seria uma atleta de triatlo e até tomaria suco detox, pode confiar!

Por você, eu frequentaria aquelas feiras do vinho. É essa a denominação? Provaria todos os sabores, estudaria todos os detalhes, seria uma enóloga. E apesar de odiar vinho, faria dele a minha bebida preferida.

Por você, as minhas noites de sexta-feira seriam longe de baladas, não me cansaria nunca de ir ao cinema, teatro, exposições ou qualquer outro programa cultura que você adora. Eu não reclamaria e acharia maravilhoso fazer nada com você.

Por você, eu não sentiria falta de uma cerveja gelada, de dançar até o chão e perder um pouco a linha ao som de um bom e velho pancadão.

Por você, eu abriria mão do verão da Bahia pelo inverno de qualquer lugar que você escolhesse. E mesmo odiando frio, eu sorriria todos os dias.

Por você, meu lugar favorito seria Belo Horizonte e não Salvador. Seria difícil, mas por você, ficaria mais fácil.

Por você, eu trocaria Harmonia do Samba por Guns n' Roses. Eu juro que sim. E mesmo não sabendo nada sobre a banda e muito menos cantar alguma música, eu me tornaria fã.

Por você, eu aprenderia a falar alemão. Eu sei que você acha legal.

Por você, eu só sairia de salto. Sentiria muita dor, mas você diz que eu fico mais bonita assim, então, por você, eu faria.

Por você, e só por você, eu abriria mão do carnaval de Salvador, mesmo sendo o que mais amo no mundo. Tentaria te convencer de que vale a pena, e quem sabe você até toparia ir comigo... Eu sei que você não toparia mas, por você, tudo bem. 

Por você, eu estudaria 24 horas sem parar e não resmungaria; me dedicaria ao máximo para ser uma grande mulher, afinal, você é um grande homem.

Por você, eu não reclamaria do meu professor de sexta a noite, eu não seria tão chata, eu não faria piadinhas sobre índios, eu não me declararia tanto pelo Xico Sá, eu mudaria de time, eu perderia o medo e voaria de asa delta com você...

Eu só precisava que você viesse até mim, por mim, porque o resto, eu faria por você.


E tem música também:



SALDO DO DIA: -

A