quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Parou

O tempo parou por aqui. 

Tão certo como o dia que amanhecerá amanhã, é a certeza de que estou estagnada a espera de algo que nem eu mesmo sei, algo que mudará, algo extraordinariamente extraordinário o qual me trará a alegria de viver.

Os dias caminham como tartarugas, que se esforçam para competir com as lebres malditas que insistem em nos derrotar. Cada segundo parece ter seus milésimos multiplicados por dois, três.

Acordar, tic-tac, tic-tac, dormir, são 4 horas da manhã, tic-tac, tic-tac e nada. Demora para amanhecer, para anoitecer, para você chegar. E quem é você? Se é alguém ou o que, eu não sei; A única coisa que sei é que tenho pressa de você, tenho pressa do que vai acontecer.

Ansiosa eu? Tenho a paciência de Jó e a fé de Abraão. Rezo, imploro e choro pelo desenrolar dessa história, pelo que virá e o que eu virarei. 

Meu maior medo é o agora, esse agora que arrasta e que me derruba, me sufoca e me enlouquece. Tenho sede de coisas novas, de sorrisos novos, sede do futuro.

Tic-tac, tic-tac, e lá vamos nós para o dia 27, depois 28, do mês 9, ainda? 

Esperar nunca foi o meu forte. Cresci tendo tudo o que queria, como queria e na hora que queria. É, talvez seja essa a lição que eu estou tentando aprender. Talvez seja um treinamento. Treinamento esse que tem feito tantos estragos quanto a formação policial do BOPE, pode ter certeza.

E enquanto isso fico sobrevivendo a cada dia, e tentando driblar meus pensamentos e minha vontade de engatar numa maquina do futuro.

"Paciência menina, paciência."

Ou o tempo parou, ou foi eu quem não conseguiu acompanha-lo. 

Desejo que as coisas aconteçam. Ou pelo menos que deem um sinal de fogo de que, em um tic-tac ou outro, elas aparecerao.


SALDO DO DIA: Negativo

Por: Andressa Valentim

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