O universo conspirou ao meu favor.
Foi difícil de reparar, eu assumo. Minha teimosia e mania de enxergar a nuvem cinza por todo o caminho, vendaram meus olhos.
Ela passou como um vendaval e eu estava trancada em casa.
Quando finalmente me libertei das amarras e do medo da chuva, corri para a rua e tive que limpar as vistas. Ela estava lá. Sempre esteve.
Precisei ter coragem, soltar a armadura.
Ela chegou como um furacão em dias de tempestades, bagunçando meus cabelos e me deixando sem ar. Fiquei com medo, confesso.
O universo abrilhantou, assoprou o cinza e coloriu a minha vida. Deu toques de pirimpimpim e fez corar as bochechas, aviventou o coração e ativou aqueles sorrisos involuntários. É, ela chegou.
Meio desajustada, intensa e disposta a fazer uma bagunça. E que bagunça.
Tive a sensação de estar num redemoinho prestes a morrer ou parar num lugar deserto e distante do meu forte. Mas depois que ela invade, não há o que fazer, você abre os braços e suspira, solta aquele peso que o mundo inteiro insiste em deixar nos ombros. Ele te deixa leve.
Dei o meu sim a ela, dei o meu sim a mim, dei o meu sim ao que tiver de vim. Peito cheio de felicidade fica forte, pode bater que a gente cai, mas levanta cicatrizado.
Se me perguntarem a receita de ser feliz, eu posso dizer: Aceita a felicidade que dói muito menos. Abra as portas e janelas, mesmo que a casa esteja bagunçada, ela quer invadir.
Ela chegou, ela tem nome e é o dele.
SALDO DO DIA: 10
A
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