Quando você é criada por um príncipe, dificilmente aceita conviver com um sapo.
Dizem que a primeira paixão de uma menina é o pai, a fascinação por aquela figura é natural e muito compreensível. Claro que nem toda tese é absoluta e existem casos e casos, mas enfim, não vamos entrar em detalhes psico-discutíveis.
O caso é, quando uma menina é criada por um pai que estende o tapete vermelho por onde ela passa, dificilmente se agradará com algo que seja menos do que a realeza.
Com a graça de Deus pude ser criada por um rei, a minha infância sempre foi um conto de fadas, o meu pai sempre foi o herói, o príncipe, aquele que sempre me pegava no colo e me livrava das mãos do inimigo ou das torres isoladas.
Eu cresci e hoje, no auge da vida adulta, ainda convivo com provas de que o meu verdadeiro príncipe ainda se encontra ali, ainda enxerga sua princesinha perdida na rotina pesada do dia a dia.
Meu pai é um verdadeiro príncipe. Gira o Planeta Terra se for preciso para me ver feliz. Constroe pontes, destrói muros. Sempre tem a palavra certa na hora certa, O abraço sincero. O olhar acolhedor. Me conhece pelo meu silêncio, adivinha meus pensamentos, sabe o sabor favorito do meu suco e quando estamos juntos, não preciso dizer nada, ela sabe exatamente o que pedir.
Entre tantas demonstrações de amor, carinho e realeza, hoje fui pega de surpresa; convidei ele para comer algo gostoso, mas sabia que iria me atrasar, já fui pedindo desculpas e perguntando se ele me esperaria mais 20 minutos, a resposta me surpreendeu: Filha, espero o tempo que for necessário.
Ai, pai.
Feliz dia dos pais, barrigudinho. Eu te amo!
Da série: Devaneios
Amor de realeza
A.
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