quarta-feira, 2 de julho de 2014

Um dia ou outro.

Tem dias que a gente quer mais é se jogar na cama, enfiar a cabeça debaixo do travesseiro e torcer para que o tempo passe. Tudo gira contra a maré, tudo toma um caminho aleatório, aquela calça não te serve mais e seu aleatório só passa as músicas que te massacram. 

Aqueles dias em que o mundo poderia pegar mais leve e as pessoas falarem menos.

Não é a maldita tpm, não é falta que ele te faz, não é a conta que está para vencer; é somente o dia em que nada te arranca sorrisos, o céu azul não enche seus olhos e a angústia toma de conta.

Uns dizem que é coisa de mulherzinha, coisa de gente fraca, coisa de gente fresca... É, talvez não! Talvez seja coisa de gente que não aguenta mais ser forte e se permite enfraquecer um dia ou outro. 

Sem perguntas, sem cobranças, sem transito, sem pensamentos que dão um nó em sua mente, o desejo é que o silêncio desse dia se perpetue, até que essa vibração passe. Olhar para o teto, deixar as lágrimas rolarem conforme queiram, não conter ou sufocar aquele desabafo, falar, falar, falar... Dizer ao sofá, as paredes e aos céus o que ninguém se atreveu a ouvir.

Amanhã é um novo dia e teremos mais uma chance, tudo novo de novo. Acordamos, respiramos fundo, nos arrumamos e esquecemos da maquiagem que ficou ali, no travesseiro. 

Mas haverá um dia, um dia ou outro, que por mais que tenhamos sorrisos esperando para serem lançados, as lágrimas vencem, pelo simples fato de que as emoções suprimidas incomodam e precisam ser postas à mesa. Já dizia aquela frase: "Pessoas caladas, tem mentes barulhentas".

Não é um estado, não é uma condição, muito menos um estilo de vida ou coisa e tal, é somente um dia que Deus espera ouvir de você tudo o que você acha que Ele ainda não sabe.


SALDO DO DIA: -10
Tudo cinza.

A

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