sábado, 1 de novembro de 2014

Ela tem medo.

Um pouco de medo.

O medo a acompanha, inevitavelmente. Ela não é daquelas destemidas que gostam de aventuras e depois do choque de adrenalina, vangloriam-se pelo ato de coragem. Ah, ela não. Ela, se num surto de coragem fizesse, rogaria a Deus em meios palavrões que jamais repetiria a dose.

Medo do trânsito, medo da vida, medo do futuro, de barata, de remédio forte, de dentista, de lugar escuro, do desconhecido.

Medo!

Medo que assombra e faz gelar o coração.

Filme de suspense então, é a tortura disfarçada. Sofre por antecedência o susto que ainda não levou. E se a dose for muito forte, o medo a acompanha nas noites de pouco sono e muitos sonhos.

Naturalmente, coragem nunca foi o seu forte.

Ela tem medo do silêncio, medo de altura, medo de alta velocidade. Medo de voar, medo da humanidade.

Um sintoma diferente e bam!, medo do que pode vir a frente. Medo de se envolver, medo de gente muito interessada no que ela faz ou deixa de fazer. Medo de gente que insiste em ficar.

Imediatista, ansiosa e mega medrosa.

Os picos de coragem a fazem ter a sensação de liberdade, mas sua consciência a penaliza com o típico "você já sabia disso".

Para uns a careta, para outros a super controlada e na verdade uma louca que tem medo de (quase) tudo.


SALDO DO DIA: -10
O medo aprisiona os sonhos.

A

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