Mar da vida.

Engraçado como os valores das coisas vão mudando com o tempo não é? 

O tempo está passando e no auge dos meus 23 anos, vejo que muita coisa na minha vida tem mudado, entrado em uma seleção mais intensa, passando por um crivo mais crítico e buscando algo além do estar, do aqui e do agora, buscando o permanecer, a estabilidade, a calmaria, evitando desgastes e dores de cabeça, priorizando no fim a felicidade acima de qualquer outra coisa.

Talvez isso venha com a maturidade (ou não).

Hoje tenho os amigos que realmente me fazem bem, aquele clichê verdadeiro dos poucos e bons, sabe? Vivo momentos que me trazem alegria, dou prioridade a minha família, busco minha realização profissional e corro de tudo que não some ou venha a atormentar a minha mente.

Antes me jogava na vida com toda intensidade, entrava de cabeça em relacionamentos que não sabia aonde iriam dar, me entregava inteiramente a amizades que no fim não eram o que eu pensava, me desgastava por pouca coisa, chora por qualquer coisa, entrava em brigas desnecessárias, muito barulho, muita curtição, muita loucura...  

Talvez eu esteja velha, isso sim.

Não sei porque, mas prefiro a calmaria. Já vivi muito mar agitado, peguei muita onda, levei muito caldo... Hoje eu só quero ouvir o barulho do mar, enquanto, imersa no meu silencio, espero que as águas salgadas lave a minha alma. 

Prefiro um jantar em casa a uma balada louca. Prefiro meus poucos amigos a 27366 curtidas no instagram. Prefiro beber com a família, ouvindo uma música boa a gastar rios de dinheiros em festas que são vazias. Não troco meus momentos por aventuras, não troco por nada.

Creio que é assim: Tudo acontece quando tem que acontecer. Todo mundo tem que curtir muito, cair e levantar, conhecer várias pessoas, ser um rebelde chato, quebrar a cara e ter muitas histórias para contar, porque no fim, depois de tanto se descabelar, a gente percebe que menos é mais.

Já fui uma tsunami, hoje sou sossego.

SALDO DO DIA: 10

Feliz, feliz e mais nada.

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