"Eu sou desapegada, eu sou desapegada!
Repito esse mantra todos os dias. Não posso me esquecer de que um passo em falso e bum, me perco.
Sou desapegada e feliz. Maluca e feliz! Carente e feliz. Não. Carente não!
Eu sou desapegada!
O coração tenta me confundir, mas eu sou desapegada, não preciso de você e nem de ninguém.
Adoro ouvir músicas sozinha, estar em casa sozinha, ir ao cinema sozinha, viajar sozinha.
Muito sozinha? Não. Livre. Isso, livre. Livre, leve e solta. Livre, leve e louca.
Não adianta me ligar agora, eu já desapeguei. Deixei de olhar suas redes sociais ao acordar, deixei de respirar você. Não preciso mais.
Tratamento de choque. Desapeguei.
Aquela mensagem não significa nada. Até os homens mais fortes caem um dia. Mas depois se levantam e eu levantei. Não adianta. Desapeguei.
Vou dançar, beber, beijar na boca e ser feliz. E se eu te ligar de madrugada é para dizer que não preciso de você e que seu abraço não é o lugar em que eu queria estar.
Não sou louca, sou desapegada. E feliz. E livre. Igual aquele passarinho que vimos quando fizemos piquenique no parque. Suspiro só de lembrar.
E se você acha que todos meus textos são de amor e falam de você, esse não é. Eu estou falando de desapego.
Não quero saber de amor. Não quero saber de você. E se alguém perguntar eu digo que já te esqueci e que não passo mais na frente da sua casa todos os dias após a aula.
Desapeguei, não te procuro mais, espero que entenda.
Um beijo e estou morrendo de saudades."
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